Close

2 de junho de 2017

Desordem do processamento auditivo central: já ouviu falar?

Desatenção e notas baixas na escola não são sinônimos de falta de inteligência. Às vezes o problema está na incapacidade de lidar com os sons da fala e com o barulho.

 

Muitas crianças ou até mesmo adultos podem apresentar características como desatenção, distração quando outro ruído/barulho está presente, dificuldade em entender fatos de duplo sentido ou outras queixas/sintomas que podem ser diagnosticada como Desordem do Processamento Auditivo Central (DPAC) que é o conjunto de processos e mecanismos que ocorre dentro do Sistema Auditivo (cérebro) em resposta ao som recebido.

 

É desenvolvido nos primeiros anos de vida, portanto a partir da experienciação com o mundo sonoro, desse modo é que “aprendemos a ouvir”. A estes processos e mecanismos ocorridos damos o nome de habilidades auditivas que são:

 

Atenção seletiva– Selecionar o estímulo auditivo. Por exemplo, responder a uma pergunta  quando está andando de bicicleta. Reagir a um determinado estímulo auditivo significativo e ignorar o ruído de fundo, por exemplo, conversar com um grupo de pessoas em um;

 

Detecção do som– Identificar a presença do som e ter a sensação sonora e identificarmos

 

Discriminação– Detectar diferenças mínimas de freqüência (agudo “fininho” ou grave “grosso”), intensidade (alto ou baixo), tempo e duração (longo ou curto) de um som.

 

Localização– Significa saber o local de origem do som. Requisitos: detectar o som em ambas orelhas e perceber diferenças de intensidade.

 

Reconhecimento– É a identificação correta de algum som, considerado um comportamento aprendido. Por exemplo, reconhecer a voz da própria mãe, som de um avião, de um ônibus,

 

Compreensão– É compreender o significado da informação auditiva, por exemplo, dar uma ordem para a criança e ela corresponder corretamente. Por exemplo, mostre o pé, a criança

 

Memória– Processo que permite arquivar as informações.

 

 

Indivíduos que apresentam esta alteração podem apresentar as seguintes características:

  • não acompanham uma conversa com muitas pessoas falando ao mesmo tempo;
  • não compreendem facilmente piadas ou duplo sentido;
  • não atendem prontamente quando chamadas ou precisam ser chamadas várias vezes;
  • têm dificuldade para falar determinados fonemas (sons da fala) ou para discriminar sons da
  • se atrapalham ao contar uma história ou dar um recado;
  • não relacionam a informação auditiva com a visual;
  • histórias de infecções no ouvido, perda auditiva nos primeiros anos de vida;
  • dificuldades escolares (matemática e português);
  • dificuldades para aprender a ler e a escrever;
  • escrevem em “espelho” ou trocam as letras;
  • não sabem qual é a direita e qual é a esquerda;
  • não entendem corretamente o que lêem;
  • problemas de memória, geralmente memória em seqüência;
  • dificuldades de relacionamento com crianças da mesma faixa etária.

 

 

Como Saber se a Criança (ou o Adulto) têm Disfunção?

É importante e necessário fazer uma avaliação da audição completa, com um fonoaudiólogo, incluindo testes especiais para avaliar a audição central.

As habilidades auditivas que estão alteradas podem e devem ser trabalhadas com um fonoaudiólogo, durante as sessões fonoterapêuticas.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *